Conheça a ciclovia Alpes Adriático, uma antiga linha férrea que depois de desativada se tornou um dos percursos mais lindos que realizei em minha viagem.
Origem
Segundo a Wikipedia Itália , a ciclovia foi criada pela reconstrução da antiga rota de via única da ferrovia Pontebbana , desativada de 1985 a 2000 , movendo a nova rota em grande parte através de um túnel, no trecho entre Tarvisio e Moggio Udinese .
Inclusive, a própria Província de Udine, em 1994, elaborou o primeiro projeto para a ciclovia. Porém, apresentou problemas em seguir com o desenvolvimento do projeto e deixar a etapa de criação.
A inauguração da seção italiana ocorreu em etapas, de 2005 a 2009 . As obras chegaram a Chiusaforte apenas em 31 de agosto de 2011, enquanto que a antiga estação foi fechada por um tempo até ser reaberta em março de 2014 assim que as obras foram concluídas.
Conheça a ciclovia
Construída sobre a antiga ciclovia responsável por transportar, a ciclovia Alpe Adria proporciona paisagens que parecem ter sido pintadas por um artista. Atravessando os Alpes da Áustria até a região do Mar Adriático, a rota é um perfeito exemplo da promoção de um meio de transporte sustentável que parte desses dois países.
Com cerca de 415 km, o percurso leva cerca de 8 dias para ser completado. O trajeto conta com túneis que facilitam o deslocamento, trechos tranquilos e alguns levemente íngremes. Partindo da cidade Natal do famoso compositor Mozart, Salzburgo, seguimos de bike pelas cidades Bischofschofen, Bad Gastein, Mallnitz, Spittal an der Drau, Villach, Tarvisio, Venzone, Udine até chegar em Grado, no Mar Adriático.
Vale lembrar que é recomendada a contratação de um guia. Em um continente com mais de 70.000km de ciclovia como a Europa, um ano poderia se passar e ainda não teríamos terminado de percorrer todos os percursos existentes na região.
Itinerário
Partindo de Salzburgo, berço do famoso musicista Mozart, percorre-se 54 km até chegar em Bischofschofen. De lá, uma série de barragens começam a integrar o cenário enquanto percorremos as planícies por 51,86 km até uma cidade conhecida por suas águas termais e paisagens dignas de serem registradas, com cascatas e montanhas; Bad-Gestein.
Através do trem em um trecho com cerca de 8km de extensão, chegamos em Mallnitz, a mais alta dentre as demais cidades do trajeto. Deixando o estado de Salzburgo, seguimos até a cidade de Spittal-an-der-Drau, em Caríntia, por um total de 58.85 km. A cidade é conhecida por algumas atrações como o Castelo de Porcia, o centro de Obervellach e entre outras maravilhas.
Seguindo o Vale de Drava pela ciclovia Drau, constantemente em descida, acompanhamos o rio por 39,07 km até Villach.
De Villach, chegamos em Tarvisio após 36,89 km através do cruzamento da fronteira entre a Áustria e a Itália.
Descendo pelo Canal Val e o Canal de Ferro, chegamos em Venzone depois de percorrer 60,43 km, famosa pelo santuário localizado no Monte Lussari.
Saindo de Venzone, enquanto pedala pela encosta de Friul até Údine, é possível contemplar cenários belíssimos como, por exemplo, o castelo de Cassaco e o lago Cavazo.
Após 55,44 km até chegar em Údine, percorri de ônibus o trajeto final até Grado, mas a distância entre as duas cidades é de 59,07 km, inclusive até o lago da Grado, que está abaixo do nível do mar.
Apesar da longa duração, cada dia que vivi percorrendo este roteiro me proporcionou conhecer lugares e culturas diferentes e testemunhar visões que geralmente encontramos apenas em livros de geografia ou pinturas. Os momentos testemunhados durante todos esses dias na bike renderam memórias que vou guardar como verdadeiros tesouros.
Fontes
Wikipedia
