Pedalando Entre História, Natureza e Sustentabilidade. A Itália é mundialmente conhecida por sua arte, gastronomia e história milenar, mas também vem se destacando como um destino imperdível para os amantes do ciclismo.
De norte a sul, o país tem investido fortemente em infraestrutura cicloviária, oferecendo aos ciclistas – locais e turistas – rotas seguras, bem sinalizadas e com paisagens de tirar o fôlego.
Passeio sobre rodas entre as belas paisagens da Itália
Além de meios de transporte ou lazer, as ciclovias da Itália são verdadeiros corredores culturais e naturais. Uma das mais famosas é a Ciclovia del Sole (Ciclovia do Sol). Na Itália, essa ciclovia cruza cidades históricas, campos floridos, montanhas e vilarejos medievais, proporcionando uma experiência imersiva na diversidade do país. Integra parte da rota EuroVelo 7 e conecta o norte ao sul da Europa.
Importante mencionar também a Ciclovia dell’Acquedotto Pugliese, no sul da Itália, que segue o antigo aqueduto da região da Puglia. É uma das ciclovias mais autênticas do país, cruzando olivais, terrenos rurais e comunidades locais que mantêm tradições seculares.
Cidades onde o pedal é bem-vindo
Cidades como Bolonha, Milão e Turim estão entre as que mais investem em mobilidade urbana sustentável, com ciclovias urbanas cada vez mais integradas ao transporte público, o ciclismo já é parte da cultura local em Bolzano, no Alto Adige. Mais da metade da população usa a bicicleta diariamente para trabalhar ou estudar.
A charmosa Ferrara, por exemplo, é conhecida como a “cidade das bicicletas”, com ciclovias que contornam seu centro histórico e muralhas renascentistas. Já em Florença, é possível pedalar ao longo do rio Arno, apreciando o contraste entre natureza e arquitetura renascentista.
Benefícios diversos
Os benefícios do avanço das ciclovias italianas não se limitam apenas aos ciclistas. Também contribuem de forma a melhorar a qualidade de vida nas cidades, reduzir a poluição, e fortalecer o turismo sustentável, o que por sua vez atrai viajantes que buscam experiências autênticas, saudáveis e conscientes.
A ciclovia chamada de “Ciclovia do Tibre” ou “Lungotevere” segue as margens do rio Tibre, em Roma. Ela se estende ao longo de toda a extensão do rio na capital italiana, permitindo aos ciclistas percorrer a cidade de norte a sul. Contando com uma quase inexistente diferença de altura, a rota é plana e adequada para todos.
Durante a pedalada, o ciclista poderá cruzar com monumentos e atrações do centro e da periferia de Roma, como a Via Appia Antica, o Arco di Costantino, o Circo Massimo, as Termas de Caracalla, o parque de Villa de Sanctis, Villa Borghese, o chamado Ponte della Musica, a Ilha Tiberina, Castel Sant’Angelo, a Basílica de São Pedro, Trastevere e o Teatro Marcello.
Além disso, essas rotas impulsionam a economia local, pois muitos ciclistas se hospedam em agroturismos, consomem produtos regionais e visitam pequenos comércios pelo caminho.
Faça você também o seu pedal
Se este relato despertou em você o desejo de explorar a Itália de uma maneira diferente, longe das multidões e com total liberdade, uma viagem de bicicleta pode ser a escolha perfeita. O país oferece segurança, estrutura, roteiro para todos os níveis de experiência e, claro, cenários inesquecíveis.
Prepare seu capacete, escolha sua rota e descubra a Itália sobre duas rodas. Buon viaggio!
Confira a seguir outros conteúdos que fiz sobre cicloturismo na Itália.
Cidades para pedalar na Itália
Veja abaixo cidades da Itália, considerada o berço do Renascimento Cultural, indicadas para um ótimo percurso de bicicleta.
Em Setembro de 2023, estive pela Itália e pedalei por suas belas ruas. Por lá, conheci as várias cidades do país me utilizando de uma fiel bicicleta.
Hoje então, venho compartilhar com vocês, entusiastas do cicloturismo, algumas dicas interessantes de cidades onde você pode ir com sua bike.
Eu não passei por todas estas cidades, mas fiz uma pesquisa e compartilho aqui com você. Eu estou animado para pedalar nestas cidades.
Fiquem então com sugestões de lugares na Itália onde você pode pedalar:
Ciclovia Alpe Adria
Conheça a ciclovia Alpes Adriático, uma antiga linha férrea que depois de desativada se tornou um dos percursos mais lindos que realizei em minha viagem.
Segundo a Wikipedia Itália , a ciclovia foi criada pela reconstrução da antiga rota de via única da ferrovia Pontebbana , desativada de 1985 a 2000 , movendo a nova rota em grande parte através de um túnel, no trecho entre Tarvisio e Moggio Udinese .
Inclusive, a própria Província de Udine, em 1994, elaborou o primeiro projeto para a ciclovia. Porém, apresentou problemas em seguir com o desenvolvimento do projeto e deixar a etapa de criação.
A inauguração da seção italiana ocorreu em etapas, de 2005 a 2009 . As obras chegaram a Chiusaforte apenas em 31 de agosto de 2011, enquanto que a antiga estação foi fechada por um tempo até ser reaberta em março de 2014 assim que as obras foram concluídas.
Leia na íntegra clicando aqui
Pedalando pelos Alpes Adriáticos – Áustria, Eslovênia e Itália
E a aventura continua! Acompanhe mais um post do meu blog sobre esta cicloviagem pelos Alpes Adriáticos, agora saindo da Áustria e partindo rumo à Itália.
Após alguns bons dias percorrendo as ciclovias e avenidas dos municípios da Áustria, chegamos finalmente ao fim da parte do percurso localizada neste país e nos preparamos para seguir o próximo trecho localizado na Itália.
A travessia é realizada através da Fronteira Eslovênia-Itália, que possui uma extensão de aproximadamente 232 km. Segundo a Wikipédia, O traçado da fronteira, fixado para a parte mais setentrional pela entrada em vigor do Tratado de Paris (1947), foi concluído em 26 de outubro de 1954, quando foi repartido o Território Livre de Trieste, criado após a Segunda Guerra em 1947. Até então, esse território era dividido em duas zonas de ocupação: a Zona A, por tropas anglo-estadunidenses, e a Zona B, por tropas iugoslavas. Quando o memorando de entendimento foi compartilhado, a Itália recuperou a Zona A, enquanto a Iugoslávia ocupou a Zona B e a integrou nas repúblicas socialistas da Eslovênia e da Croácia, estados membros da República Socialista Federativa da Iugoslávia. A partição não seria reconhecida até 1975 no Tratado de Osimo. Desde a sua independência em 1991, a Eslovénia é o único país da extinta Iugoslávia a possuir uma fronteira com a Itália.
Pedalando pelos alpes Adriáticos – Itália
Andiamo! Venha comigo atravessar os belos cenários da Itália pela ciclovia Alpes Adria no quinto dia desta viagem que em breve chegará ao fim.
Após vários dias pedalando pela Áustria, chegamos na Itália, mais especificamente em Tarvisio. Com a viagem chegando ao fim, aproveitamos o máximo para pedalar por esta bela região do país, contornando os Alpes Adriáticos e terminando em Venzone por uma das ciclovias mais lindas na qual já pedalei.
A cidade de Venzone, por sua vez, sofreu um terrível terremoto junto de outras cidades a alguns anos atrás e se reconstruiu quase que completamente em uma velocidade impressionante. Segundo a Wikipedia, o sismo do Friul de 1976 foi um tremor de terra que ocorreu às 21h06min na região italiana do Friul no dia 6 de maio daquele ano.
O epicentro localizou na comuna de Gemona del Friuli e as áreas mais afetadas, além desta, foram Montenars, Venzone, Osoppo, Majano ademais de muitas outras que sofreram uma destruição quase total.
O número de mortos chegou a 982, enquanto que os desabrigados somaram cerca de 60 000 pessoas. O terremoto atingiu 6,4 graus na escala de Richter e 10 na escala de Mercalli. Os tremores continuaram pelos meses que se seguiram, sendo que alguns bastantes chegaram a ser bastante fortes, particularmente os de setembro, quando nos dias 11 e 15 se registraram sismos de mais de 8 graus na escala de Mercalli.
A cidade chegou, inclusive, a vencer o Il Borgo dei Borghi de 2017, como a cidade mais bonita da região italiana.
