Num artigo publicado em 20 de Março de 2025 pelo site português MOUNTAIN BIKES, é informado que o governo português reforçou os apoios na aquisição de bicicletas convencionais e elétricas, triplicando o valor atribuído pelo cheque, passando os 150 euros de valor máximo para 500 no caso de bicicletas tradicionais e até 750 euros na aquisição de bicicletas elétricas.
O governo de Portugal passou a fazer uso quantias não utilizadas do Fundo Ambiental de 2024 com o intuito de incentivar a compra de bicicletas, sejam elas elétricas ou comuns. O apoio vai desde 500 euros e pode chegar até aos 1500 euros, isso tudo levando em conta o tipo de bicicleta que busca adquirir. Diferente de Portugal, 2025 não aparenta se mostrar um ano tão bom para o ciclismo no Brasil.
Infelizmente, o governo federal não tem sinalizado muita estima por práticas que incentivam a mobilidade não motorizada, como o ciclismo, apesar de ter se comprometido em reduzir a poluição produzida de acordo com as metas do Acordo de Paris.
A situação da bicicleta no Brasil
Além disso, vale mencionar também que a postergação do pagamento e da premiação dos empreendimentos que ganharam a primeira edição do Prêmio Bicicleta Brasil, em razão de problemas com a entrega das passagens de avião para os ganhadores, mostra-se como um bom exemplo de como a política em prol dessas práticas tem sido esquecida pelo governo. Apesar da Secretaria de Mobilidade Urbana possuir toda uma coordenação centrada em mobilidade ativa e do gestor do Ministério das Cidades, Jader Barbalho Filho, ter informado que pagará os vencedores, realizará a cerimônia e tornar a premiação um evento recorrente, cancelá-lo no limite da data e declarar uma outra com incerteza mostra a bicicleta como estando fora do foco das soluções para a poluição produzida pelos demais meios de transporte e para a mobilidade.
É notável também a queda de bicicletas produzidas nos últimos anos. Em 2021, cerca de 750 mil bicicletas foram produzidas pelas indústrias que compõem o Polo industrial de Manaus, representadas pela Abraciclo ( Associação Brasileira de Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares ). Os anos seguintes foram de queda na produção, sendo 599,2 mil produzidas em 2022; 456,8 em 2023 e 351,4 mil em 2024. A associação, ainda, estima que serão produzidas 320 mil bicicletas neste ano, um valor menor que o correspondente ao do ano passado.
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